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  • Foto do escritorRodrigo 'Aquiles' Santos

#VÍDEO As viagens poéticas de Garrafinha no sítio arqueológico de Calçoene no Amapá

Atualizado: 11 de jun. de 2020

Conheça o trabalho do diretor macapaense de cinema, André Cantuária. Formado em Jornalismo, trabalha há quase 10 anos com audiovisual. Estreou como técnico de som direto e montador no curta "Agora já foi", além de participar do longa-metragem "Os Breves". O salto para o cinema rendeu o documentário autoral expositivo e reflexivo sobre o audiovisual amapaense “Um filme bonito de se ver”, apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso.


Através do projeto Cine Perifa em parceria com o Inventar com a Diferença, ministrou oficinas de produção de vídeo com o tema Cinema e Direitos Humanos em escolas da periferia de Macapá. A experiência como professor possibilitou também ministrar o curso de som direto para cinema no IFAP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá). Recentemente lançou o primeiro curta ficção como diretor cinematográfico, a comédia “AÇAÍ”, selecionado no primeiro edital de audiovisual do Amapá.


Fizemos uma breve entrevista com André Cantuária onde ele fala sobre suas perspectivas em relação ao setor do audiovisual no Amapá e conta um pouco mais sobre como trilhou seu caminho como diretor. Confira:


RODRIGO AQUILES: Oi, André, primeiramente, parabéns pelo ótimo trabalho. Já tive a oportunidade de visitar o sítio arqueológico de Calçoene e você conseguiu sintetizar a minha experiência nesse local. Louvável termos este registro histórico do Garrafinha, sua poesia é potente e inspiradora e por trabalhos como este ela ecoará por gerações futuras. Obrigado.


RA: O Amapá tem uma história espetacular e lugares incríveis pouco conhecidos pela população e totalmente desvalorizados pelos governos. Qual o papel do audiovisual neste resgate?


ANDRÉ CANTUÁRIA: O Amapá é realmente muito rico em histórias. Nesse sentido de registro, acredito que ainda temos um longo trabalho de resgatar essas memórias nesse estado a fora. O audiovisual é fundamental nesse resgate. Quando iniciei minha trajetória nessa área, o que eu mais ouvia era sobre o registro de patrimônios vivos, pessoas com idade avançada que guardavam várias histórias do nosso estado. Nós como "seres audiovisuais" desse lado do país temos uma obrigação de registrar e eternizar esses momentos, para que fique para as próximas gerações, e que permaneça viva a memória dessas pessoas. Esse é um dos poderes do audiovisual.


RA: Muitas produções audiovisuais amapaenses ainda são feitas de forma independente e sem investimento público ou privado. O que podemos fazer para fortalecer o setor e por consequência a história do nosso povo?


AC: Em relação a outros estados, ainda estamos em ponto de partida, especialmente no cinema. Mas já avançamos muito no sentido de produções independentes, acompanho muitas produções de clipes de rap, do pessoal do Ocorre e isso me deixa feliz de ver pessoas se juntando para produzir. Eu penso que dentro do cinema independente ainda precisamos ter mais essa iniciativa coletiva. Se juntar mais para produzir e contar mais histórias.


RA: "As viagens poéticas de Garrafinha...", foi seu primeiro trabalho autoral, produzido em 2014. Recentemente você dirigiu "AÇAÍ", filme selecionado no primeiro edital de audiovisual do Amapá. Um conselho pra quem tá começando hoje, como é o caminho entre o primeiro trabalho até uma produção mais complexa como "AÇAÍ"?


AC: Eu já trabalho com audiovisual há 10 anos e já passei por vários departamentos, passando pela edição, som direto, fotografia, produção, e até direção cinematográfica. Eu sempre fui apaixonado pelo trabalho experimental e não convencional do cinema. Apesar de iniciar na publicidade, eu sempre me via em trabalhos independentes. No caso do meu primeiro trabalho que considero como experimental, eu senti a liberdade de poder passar a minha forma de ver o mundo atrás das câmeras e como contar uma história sem perder a verdadeira mensagem. No "AÇAÍ", eu consegui colocar toda a minha experiência ao longo desses anos e também experimentar coisas novas como a comédia. Passei esses 10 anos tentando me encontrar no audiovisual e acho que ainda estou nesse caminho, mas já consigo ver o quanto cresci, aprendi e o quanto ainda tenho muito a aprender. Quem quiser seguir essa tão bonita estrada que é o audiovisual, acho que a pessoa tem que estar aberta para experimentar tudo que ela proporciona e nunca desistir, porque viver de cinema no extremo norte do Brasil, não é fácil, é resistência.


***


Confira agora "As viagens poéticas de Garrafinha no sítio Arqueológico de Calçoene no Amapá", o primeiro trabalho autoral de André Cantuária produzido em 2014 e que apenas recentemente foi postado em seu canal no YouTube. Aproveita e se inscreve lá :)


Sinopse: A arte liberta, a arte cura, a arte muda e o que muda nem sempre sai do lugar. Uma cidade no extremo norte do Brasil, último ponto de parada até Oiapoque, fica a 356  quilômetros da capital Macapá. Possui lugares onde até hoje o homem ainda não conseguiu desvendar as histórias. E por esses mistérios, é um lugar único. Uma cidade que tem um guardião-poeta conhecidos por todos como Garrafinha. Homem simples, destemido e sonhador. Sua poesia e histórias encantam quem chega nessa região ainda pouco conhecida pelo resto do país. Suas palavras e sentimentos se confundem com a paisagem majestosa do observatório indígena e escondem os mistérios da cidade que mais chove no Brasil.


Ficha Técnica. Direção e Edição: André Cantuária; Produção: Thomé Azevedo e Bruno Vinicius; Fotografia: Sady Menescal; Imagens de Apoio: Toninho Júnior; Trilha: Prince Rama, Lúcia no Limbo e Ruan Patrick.


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