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Foto do escritorRodrigo 'Aquiles' Santos

#VERSO&PROSA Patrícia Andrade e o amor como força transformadora

Atualizado: 3 de fev. de 2021


Patrícia Andrade em live no Macapá Verão

Dona de uma escrita sensível e íntima e uma declamação apaixonante. Patrícia Andrade, vem há anos se destacando com sua arte, em um processo independente e artesanal de produção e divulgação do seu trabalho, através de pequenos livros feitos à mão. O ano de 2020, rendeu quatro livros lançados, porém, desta vez, de maneira virtual. Todos dedicados à singular arte de revelar seus sentimentos e sua visão única da realidade ao mundo.

Envolvida nos mais variados campos da arte e sendo uma agente fundamental na construção da cultura amapaense, Patrícia firma-se como uma referência da poesia nortista. Em Outubro de 2020, realizamos uma breve entrevista com ela, conversamos um pouco sobre a sua trajetória e os percalços de um ano tão atípico para os profissionais da cultura. Confira:


Rodrigo Aquiles: Me fala um pouco sobre a tua carreira. Você começou na literatura ou foi algo que surgiu depois de outras experiências artísticas?


Patrícia Andrade: A literatura está na minha vida desde o ensino fundamental. Aos 12, 13 anos já me encantava com Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa. E eu me arriscava a rabiscar uns versos. Mas na época achava meus escritos meio bobos. Criei coragem pra mostrar meus poemas depois de vir pro Amapá, depois de meu contato com o Urucum, um coletivo de artistas incríveis - do qual passei a ser integrante. Lá me identifiquei com as várias vertentes da arte. Me envolvi e me apaixonei definitivamente pela arte. A poesia é minha válvula de escape. Mas perambulo por outros segmentos.


RA: Quantos e quais livros você lançou este ano? A quarentena acelerou o seu processo criativo ou estes lançamentos já estavam planejados?


PA: Foram quatro livrinhos: "Uma noite me namora", "Em tempos de lonjura", "Delírios e subterfúgios" e "Do lado de dentro". Todos virtuais. A quarentena me obrigou a reinventar a maneira de divulgar e vender meus livros. Antes, eram livros físicos, que eu mesma fazia, ilustrava e saía pra vender em cafés, bares, restaurantes e eventos culturais. Agora, são virtuais, em PDF. Mas ainda sou eu mesma que os confecciono, com a ajuda valiosa do Artur Andrigues, meu filho. O primeiro livro, "Uma noite me namora", tem um toque luxuoso do Pedro Stlks - Poeta Azul - que fez a arte.

A princípio, a quarentena me travou o processo criativo. Mas a necessidade de sobrevivência falou mais alto através da poesia. E achei saídas. Ela me salvou e segue me salvando em cada dia dessa grande cilada que é a vida. Quanto ao planejamento... estou aprendendo a evitar os planos pra não ter tantas frustrações.

Algumas das obras lançadas em 2020 por Patrícia

RA: Como é falar de amor em tempos difíceis como este?


PA: O amor me move. Sem ele não funciono muito bem. Dou defeito (risos). Pouca gente quer ouvir falar de amor. Acho que as pessoas andam moucas e enlouquecem, adoecem. Eu não quero mais adoecer. Acredito no amor como força transformadora. Como força motriz. Por isso, eu falo de amor. Grito. Declamo. Declaro. Amo.


RA: A sua poesia fala da beleza do cotidiado, mas também traz tons de revolução e liberdade. A poesia sua arma contra a tirania e o fascismo?


PA: A poesia é arma pra tudo. É transformadora! Um poema pode te destroçar. Pode te libertar. Um poema pode muita coisa!


RA: Este período de pandemia te impactou como artista? Ele fechou portas, mas abriu uma janela?


PA: A pandemia me tornou mais forte como artista. Pude ver, ouvir e sentir a arte mais intensamente. Não só a minha. Mas a de muita gente boa. Sem arte não dá pra viver, pra manter a sanidade em confinamento compulsório. As portas de casa se fecharam. Mas outras se abriram... as do mundo digital. Ainda não tenho todas as chaves, mas vou adquirindo-as aos poucos.


***


Adquira agora uma obra de Patrícia Andrade através de suas redes sociais Insta @pat_andrade71 e Facebook. Sugestão de pauta? Deixa aí nos comentários ou manda uma mensagem nas nossas redes sociais Insta @caosartecultura ou nosso Facebook.



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